Neste último domingo à tarde, por iniciativa do Sr. Francisco,que já algum tempo sozinho, formamos um pequeno grupo (Marcondes, Valéria,Claudionora, Ana e Hainer) e fomos alegrar um pouco a vida de nossos irmãos e irmãs aprisionados no cárcere da mente,resgatando dolorosas faltas.

O destino foi o Hospital psiquiátrico Alberto Maia, cuja situação de calamidade física e emocional é conhecida em Pernambuco (com todo respeito à equipe de manutenção,recepção, enfermagem e medicina,que não são responsáveis por um complexo contexto, sendo muitas vezes vítimas, inclusive na sua remuneração). O hospital encontra-se em processo de esvaziamento por conta da tentativa de desinstitucionalização psiquiátrica (e aqui cabe uma "tese" com todas as mazelas da condução de um processo feliz ou não) contudo, infelizmente, ao que parece, a importante idéia de reestabelecimento dos laços familiares e fortalecimento dos altamente recomendados CAPS ainda esbarra na eliminação das instituições sem, talvez, o fortalecimento, aparelhamento e aumento significativo destes.

Infelizmente, nossos irmãos e irmãs que lá vivem, muito sofrem com seus desafios espirituais e físicos, agravados pelas condições tristes atuais.

Distribuímos pipocas e bombons, além de conversarmos com os/as que conseguiam ou tinham vontade de entabular conversa.

Desejamos muito retornar, e desejamos ainda mais que novos e novas companheir@s se unam à tarefa de tentar diminuir um pouquinho o sofrimento.

Para muit@s, talvez, a vida destes irmãos e irmãs parecem a reta final de uma existência, quem sabe, amargurada, mas cada um de nós sabe que é possível reescrever sua estória, e nos compete, sempre, apoiarmo-nos uns aos outros/as a minorar o sofrimento, pegar no lápis também e escrever o amor em nossas vidas.